sábado, 3 de novembro de 2007

Viva a retranca!

Ontem fui ao jogo Palmeiras e Juventude. Como todos sabem o placar da partida foi um incrível 1 a 0 para o time de Caxias do Sul. Ninguém esperava pelo resultado, nem o mais fanático torcedor gaúcho. O time de Caxias está com um pé no rebaixamento, enquanto o Palmeiras está na briga por uma vaga na Libertadores. Como disse um amigo meu: “Ontem foi um palmerada”. Sem dúvida.

Mas o que me intriga e sempre me intrigou, como torcedor e treinador é o fato de no futebol um volume de jogo não ser transformado em vitória. Existem diversas explicações que se propagam pelos meios de comunicação, como, por exemplo: No futebol não existem mais bobos. Ou, o preparo físico nivelou o jogo por baixo. Ou outra mais absurda; não temos mais craques como antigamente.

É fato que a modalidade futebol se transformou muito nos últimos 40 anos. O jogador corre mais, se recupera mais rápido, e, com isso, ele acaba sendo mais exigido. Mas um detalhe do futebol, que não é de hoje, tem se tornado uma grande máxima deste esporte. O futebol é uma das únicas modalidades em que a defesa quase sempre leva vantagem sobre o ataque.

O jogo de ontem é um grande exemplo. O Juventude, praticamente, não levou perigo à meta palmeirense em nenhuma oportunidade e saiu do Palestra com a vitória. Em compensação levou duas bolas na trave e o goleiro fez, pelo menos, três boas defesas.

Se comparar com o basquete ou o vôlei, isso não acontece. Primeiro: a regra não possibilita você jogar na defesa no basquete e no vôlei não precisa nem falar. Já no futebol você pode passar os 90 minutos se defendendo, sofrer 30 finalizações e ganhar por 1 a 0 com uma finalização.

Se é justo ou não eu não sei, mas é por isso que o meu lema no futebol é: o melhor ataque é a defesa.

Rodrigo Freitas

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